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Em sentido contrário aos ponteiros do relógio

Começo esta biografia por me defender. Passados que estão 59 anos, continuo a não gostar de falar de mim. Característica dos tímidos que decidi enfrentar quando me inscrevi em 2018 num grupo de teatro para assumir o papel de Oberon, rei dos elfos, na peça “Sonho de uma Noite de Verão”:   - “Tive uma visão das mais estranhas. Foi um sonho, mas um sonho que não há entendimento humano, capaz de dizer o que era. Vou contar tal e qual como se passou”. Perceber o comportamento humano, fora dos sonhos, foi o que me fez seguir, aos 49 anos, a licenciatura em Psicologia Social. Percebi que o cérebro é o estudo que mais estimula a minha curiosidade. - “Argumentes o que argumentares não vale a pena porque estarei sempre do lado dos mais fracos” – nunca esqueci esta frase que a minha filha mais velha me disse. Lembrei, na altura, em como as nossas espectativas se podem situar no “deserto do real”. Tirei o curso de Direito aos 39 anos e, após longa teimosia e interlúdios judiciais, aprendi que a j